O
PACTO DO CASAMENTO
O
nosso esforço deve ser por um pacto matrimonial/ que dure a vida inteira,/ e
dure prazerosamente/ apesar das dificuldades que, sem dúvida, surgirão.
1.
Pacto matrimonial (um conceito mais elevada do casamento).
A palavra pacto (cortar) representa uma ocasião séria na qual as partes selam sua promessa no
meio de um ato de dilaceramento de animais que envolve sangue, e tem embasamento
bíblico-histórico no pacto firmado entre Deus e Abraão (Gn 15).
Na Bíblia, Deus escolheu a expressão pacto como um modo especial de
demonstrar promessas inabaláveis. É, portanto, muito esclarecedor o fato de que Ele tenha vinculado o
pacto ao casamento.
O pacto matrimonial original foi alcançado quando
Deus casou o primeiro casal, Adão e Eva. Então a importância que Deus deu ao
fato de um homem e uma mulher manterem fidelidade um ao outro por toda vida é
um tema recorrente em todo o Antigo Testamento. Deus estava criando, ainda no Éden, o modelo
primeiro e último, e o mais adequado, do que seria o seu relacionamento com o
seu povo, dentro de um modelo pactual, de corpo e alma, isso primeiramente com
Israel (Os 2.2,20; Is 54.5; Ez 16.8-14), e depois entre Cristo e a igreja (Ef 5.25-27). Isso é muito sério. O relacionamento
de Deus com o seu povo é um envolvimento de almas, ilustrado pelo casamento. Será que a gente pensa nisso quando casa? Imagina! Enquanto
namoramos, estamos apaixonados demais, ou pressionados demais para pensar nessas coisas. No dia do casamento, estamos exaustos e ansiosos demais para pensarmos
nas palavras pactuais pronunciadas pelo celebrante. A preparação da festa, a roupa
da nova, o salão, os convidados etc. A cerimônia ocorre rápido, muitas delas
não enfatizam um pacto, mas apenas um acordo.
2. Um pacto que dure a vida toda.
Ao escolher alguém para se casar, a pessoa está
escolhendo aquele ou aquela que passará toda a vida ao seu lado, pois o
casamento, na ótica de Deus, é indissolúvel (Mt 19.4,6; Lc 16.18). Por isso, os cônjuges devem zelar bem do relacionamento, tendo sempre o casamento em alto conceito.
2.1
O fantasma da possibilidade de separação enfraquece a aliança.
Nós não conduzimos nossa relação
matrimonial dentro de uma possibilidade de rompimento. Portanto, nos momentos
de tensão, nosso esforço deve correr sempre no sentido de resolver e superar,
por mais difícil que pareça ser.
Todo casamento cujos membros têm a
consciência permeada pela possibilidade de separação tem grandes chances de não
dar certo, porque cada um dos cônjuges, nas horas de tensão, vai enxergar o fim
do relacionamento como uma possível saída, boicotando as medidas corretas, e às vezes amargas, para
pôr fim à crise. Ficam sempre em cima do muro e nunca tomam a real decisão de
serem felizes a qualquer custo.
Muitos dos desgastes que acontecem nos casamentos acontecem
porque os cônjuges trabalham, consciente ou inconscientemente, com a ideia de
que se não der certo, a fila anda, como se um pacto pudesse se desfazer
facilmente.
Por outro lado, quando os cônjuges têm um alto conceito da importância do casamento e decidem que vão superar quaisquer intempéries, são movidos a buscar todos os recursos disponíveis para salvar o que nunca deveria ter sido posto em risco.
Por outro lado, quando os cônjuges têm um alto conceito da importância do casamento e decidem que vão superar quaisquer intempéries, são movidos a buscar todos os recursos disponíveis para salvar o que nunca deveria ter sido posto em risco.
2.2
Renovação pontual da aliança
A aliança matrimonial é a figura perfeita usada pela
Bíblia para ilustrar a aliança entre Deus e seu povo. E da mesma
forma que Deus costumava renovar frequentemente o pacto firmado com Israel
(Gn 12, 15,16; Dt 29.1-29), numa prevenção contra a memória
curta e o desgaste do tempo, o
pacto matrimonial precisa ser periodicamente renovado. A prática de
renovação de aliança matrimonial está em ascensão atualmente. Várias
celebridades têm reafirmado a lealdade ao parceiro em festas pomposas
com direito a todos os rituais próprios do casamento, o que vejo como algo muito positivo.
Aos que não dispõem de tanto recursos,
poder-se-iam aproveitar datas especiais, como o aniversário do casamento,
para renovar a aliança e relembrar compromissos.
Sou a favor de que haja memoriais em cada canto
estratégico de nosso espaço para nos lembrar de nosso pacto
matrimonial. Num lugar bem destacado da casa ou do escritório, um quadro com uma fotografia dos noivos no memento solene do matrimônio, bem como das
testemunhas, como a olharem em nossa direção exigindo de nós o cumprimento das
promessas firmadas no altar. No lugar onde eu passo maior parte do tempo em minha
casa tem uma fotografia minha ao lado de minha esposa com a
frase que colocamos no nosso convite de casamento há treze anos. Toda vez que
olho para aquele quadro na parede, lembro-me de que jurei fidelidade eterna a
uma mulher, isso assombra os fantasmas da possibilidade de rompimento.
3. Que dure prazerosamente.
Toda
aliança matrimonial deve começar com a firme decisão das partes de que terão um
casamento saudável e feliz, e este é o passo mais importante para ser feliz no
casamento. Porque casamento feliz não é fruto do acaso. Casamento é uma
instituição que, como qualquer relação na vida, precisa de investimento.
Começa
com uma entrega voluntária ao outro. Porém vale uma observação: quando eu me
entrego ao outro, em entrego aquilo que sou e tenho. Portanto um casal feliz
pressupõe que cada um dos parceiros é o responsável direto pela própria
felicidade e vai compartilhar isso com o outro.
3.1 Investir em novidades (contra a
rotina). Investir em novidades no casamento não significa fazer uma coisa nova
toda semana. Deste modo, as novidades viram rotinas. Mas significa investir em
novidade com qualidade.
3.2 Investir numa vida sexual plena e
prazerosa (contra os tabus do sexo).
●Com o tempo, a qualidade conta mais que a
quantidade.
●Os limites nas fantasias e criatividade
sexuais devem ser traçados pelo bom senso, pelo consenso e pela consciência.
4.
Apesar das dificuldades que, sem dúvida, surgirão.
A gente já sabia que
elas viriam. E elas se originam em alguns elementos.
4.1 De nossas
indiferenças individuais.
Cada pessoa é única e
carrega manias e vícios que vão irritar a outros. Algumas coisas não mudam,
porque estão arraigadas na personalidade. O segredo é aprender a viver.
4.2 De nossas diferenças de gênero
4.3 De nossas frustrações. As fantasias iniciais dão lugar à realidade.
4.3 De nossas frustrações. As fantasias iniciais dão lugar à realidade.
O
que as mulheres não devem esperar dos homens
►Que ele saiba ouvir como se fossem suas amigas.
►Não deem soluções precipitadas ou não ofereçam
conselhos que não foram pedidos.
►Tenham uma sensibilidade parecida e deem importância
às coisas que são fundamentais pra elas.
►Reparem nos detalhes, lembrem-se de datas e
surpreendam as mulheres com propostas criativas.
►Sejam capazes de não interpretar literalmente o que as
mulheres dizem e saibam captar as emoções de sua comunicação não verbal.
►Não interrompa à mulher quando ela fala.
►Não reajam mal quando estiverem fazendo alguma coisa e
as mulheres lhe fizerem perguntas ou lhe pedirem ajuda em uma tarefa específica
de casa.
►Que os homens gostem de fazer compras.
►Não seja um sexo maníaco.
O que os homens não
devem esperar das mulheres
►Sejam diretas quando falam, sem se perder nos
detalhes.
►Façam uma coisa de cada vez, quando a sua natureza
lhes permite realizar várias tarefas ao mesmo tempo eficientemente.
►Saibam que eles não são bons conversadores e que não
queiram falar com ele quando chegam em casa.
►Deixem de ser românticas e se mostrem pragmáticas nas
relações afetivas.
►Respondam sexualmente da mesma maneira que eles.
► Não goste de fazer compras, falar de roupas, moda,
etc.
5. UM PLANO
●Precisamos
investir no casamento (dinheiro, tempo, comunicação).
●Precisamos ter uma opinião elevada do pacto matrimonial
(contra a banalização).
●Pôr o casamento no lugar certo na escala de prioridades
da vida (contra a inversão de valores).
●Que posição seu casamento ocupa na sua lista de prioridades?
●Ter uma opinião elevada significa avaliar quanto vale
para você seu casamento ou seu parceiro. E avaliar significa comparar com as
outras coisas. Qual é a real importância de seu casamento para você?
Comparando com o seu trabalho, carro, carreira,
ministério, amigos, qual a posição que seu casamento ocupa? Muitas pessoas
vivem uma contradição muito grande entre o que dizem sobre o seu parceiro e a
maneira como trata seu parceiro (dar o exemplo da amiga).
●Investir em comunicação
Nas entrevistas terapêuticas, descobre-se com frequência
que o problema conjugal está na ordem invertida das prioridades estabelecidas,
constatando-se que a família nunca esteve no topo dessa ordem. O seu cônjuge
deveria ser o que você tem de mais importante na vida!
Quanto vale a sua família? O que o seu cônjuge significa
para você? Será que algum sucesso, em qualquer área da vida, justifica o
sacrifício de sua família? O que mais poderia assumir o topo das prioridades de
uma pessoa do que essa instituição sagrada de cuja saúde depende uma sociedade
saudável?Toda escolha que eu for fazer, preciso usar o meu
casamento como parâmetro e perguntar se vai ser bom ou prejudicial a ele.
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