Os milhões de áureos lustres coruscantes
Que estão da azul abóbada pendendo: 
O Sol e a que ilumina o trono horrendo 
Dessa que amima os ávidos amantes:
As vastíssimas ondas arrogantes, 
Serras de espuma contra os céus erguendo, 
A leda fonte humilde o chão lambendo, 
Lourejando as searas flutuantes:
O vil mosquito, a próvida formiga, 
A rama chocalheira, o tronco mudo, 
Tudo que há Deus a confessar me obriga:
E para crer num braço, autor de tudo,
Que recompensa os bons, que os maus castiga,
Não só da fé, mas da razão me ajudo.
 
 
Um comentário:
Maravilhoso, este poema friend Joseph, nunca li Bocage, mas qualquer hora darei uma pausa para lê-lo.
A existência de Deus, é coisa sublime, até para quem na razão o conhece.
Postar um comentário